Com os computadores modernos consumindo cada vez mais energia, a escolha de uma boa fonte de alimentação passou a ser crucial na hora de comprar um micro de alto desempenho. Para a nossa sorte existem no mercado várias fontes de alimentação de boa qualidade, tais como OCZ, Thermaltake, Cooler Master e Seventeam, só para citarmos algumas das marcas presentes em nosso mercado.
As fontes de alimentação são classificadas de acordo com a sua potência (ex: 250 W, 300 W, 350 W, 400 W, etc), mas o grande problema das fontes de alimentação mais simples é que a sua potência real não é a que está rotulada na fonte. Por exemplo, você pode comprar uma fonte de 400 W mas na realidade ela não ser nem de 350 W. Em bom português, a maioria dos fabricantes de fontes de alimentação "alteram" o valor da potência de seus produtos.
Se você pesquisar, verá que o preço das fontes "de marca" é maior do que o de fontes "comuns" de mesma potência. A principal razão é que essas fontes mais caras usam em sua classificação a sua "potência real" e não a sua potência "nominal". Nessas fontes mais caras, quando o fabricante diz que ela é de 350 W, ela realmente tem essa potência, ao contrário do que ocorre com as fontes mais baratas.
Mas como saber qual é a potência real de uma fonte de alimentação? Para isso você precisará fazer alguns cálculos bem simples usando os números presentes na etiqueta que toda fonte de alimentação tem.
Toda fonte de alimentação possui seis saídas: +3,3 V, +5 V, +12 V, -5 V, -12 V e +5 VSB (também chamado "standby"). Nesta etiqueta há descrita a corrente que cada uma dessas saídas é capaz de fornecer. A corrente é dada em uma unidade chamada Ampère (A). Para saber a potência que cada uma dessas saídas fornece, basta multiplicar a tensão (em volts) pela corrente (em ampères). No caso das tensões negativas, você não deve considerar o sinal de menos.
Vamos tomar o exemplo real da fonte Troni PS-400S, que é rotulada como sendo de 400 W. Vamos ver qual é a potência real desta fonte. As suas saídas fornecem as seguintes correntes:
15 A (+3,3 V)
29 A (+5 V)
11,5 A (+12 V)
0,5 A (-5V)
0,5 A (-12 V)
1,5 A (+5 VSB)
Temos então as seguintes potências:
49,5 W (+3,3 V x 15 A)
145 W (+5 V x 29 A)
138 W (+12 V x 11,5 A)
2,5 W (-5 V x 0,5 A)
6 W (+12 V x 0,5 A)
7,5 W (+5 VSB x 1,5 A)
Para obtermos a potência total da fonte não podemos simplesmente somar todas as potências individuais porque as fontes de alimentação para PCs usam um conceito chamado potência combinada – aliás, somar todas as potências individuais é uma das formas de se maquiar a potência total da fonte. Para as saídas de +3,3 V e +5 V você deve considerar somente o valor da maior potência entre essas duas saídas (no nosso exemplo, devemos considerar 145 W da saída de +5 V e ignorar o valor 49, 5 W da saída de +3,3 V). Na prática, isso significa somar o valor de todas as potências individuais, ignorando, porém, o valor da potência da saída de +3,3 V.
Aplicando esta regra, temos que a nossa fonte de alimentação é de 299 W (145 W + 138 W + 2,5 W + 6 W + 7,5 W) e não de 400 W como está rotulada!
Em sua defesa, os fabricantes afirmam que rotulam suas fontes com a potência "de pico" que elas suportam. Mas, cá entre nós, é só uma justificativa para empurrar um produto mais simples como se fosse um outro mais potente.